terça-feira, 11 de maio de 2010

Projeto Cerca Viva - ponderações

Existem várias relações ecológicas entre os seres vivos: o parasitismo, a predação, o comensalismo e o mutualismo. Dentre elas, vamos nos ater a última, o mutualismo, que é uma relação entre organismos de espécies diferentes, que resultam em benefícios para os organismos envolvidos.
Sendo mais específico, vamos nos preocupar com a relação entre as plantas e os animais. Nest relação, as plantas podem obter vantagens na sua reprodução (polinização), proteção (lugares mais seguros para construir ninhos e abrigos) e o transporte (dispersão de poléns e sementes). O animal pode obter alimentação (atraido pela cor, polpa nutritiva, néctar) e abrigo. A relação que estudaremos aqui é existente entre aves e algumas espécies de plantas.
O projeto Cerca Viva nada mais é que um modelo para explicar esta relação mutualista. Ela situa-se entre duas propriedades, na região urbana de Cambuí. Segundo o Sr. Jorge, seu proprietário, ela foi surgindo, a mais de 15 anos, quando manteve, ao longo de um trecho de cerca e nos pés dos mourões, sem gramíneas, mas mantendo as pequenas mudas de árvores que ali nasciam. Entre as árvores e arbusti que ali cresceram e formaram a cerca viva, estão: o pau-cambui, a maria-preta ou fruta de porco, a aroeira preta e branca, a candeinha, a gabirova, a boleira. o inhapuça. o íngá-feijão, o gravatá, o araticum-mirim, etc.
O que já foram sementes dispersas, tanto por fezes quanto por regurgitados, por aves e outros agentes, hoje são fornecedoras de alimento para esta avifauna, que ali vivem, e elimina em parte, a manutenção constante de renovações de mourões e de arames farpados.

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