quinta-feira, 13 de maio de 2010

cipó-azeitona


Fruto maduro do cipó-azeitona ou tarumã-de-cipó, recolhido na Mata do Moçambique, Água Comprida, Cambuí

cipo-azeitona

Esta trepadeira, foi encontrada em uma mata secundária, em avançado estágio de recuperação, no Bairro da Água Comprida, em Cambui. Conhecida também como Tarumã-de-cipó, devido a semelhança de seus frutos. Sua floração se dá, principalmente, nos meses de novmbro a março e a frutificação entre fevereiro e maio. Suas flores são polinizadas por algumas espécies de beija-flores, devido ao seu néctar. São essenciais para esta planta, já que não apresentam autopolinização espontânea. Ocorre principalmente sobre vegetação arbórea. Pertence a família Acanthaceae e seu gênero é Mendoncia sp. Este é o fruto verde com a bractea caracteristica.

terça-feira, 11 de maio de 2010

o ingá-feijão


o fruto, as flores totalmente e parcialmente abertas. Árvore de 5 a 15m de altura, com tronco geralmente reto e curvo. A casca é áspera e de coloração marron-escura. Suas folhas são compostas. Inflorescências em espigas e bastante perfumadas. Os frutos são vargens cilindrico, segmentadas, contendo várias sementes parecidas com um feijão, envoltas por um arilo branco e adocicado. A floração ocorre de outubro a fevereiro e os frutos amadurecem de março a maio. Muito apreciado por aves. Ocorrem em matas ciliares, proximas a cursos de água. É uma espécie pioneira, sendo ótima para reflorestamento em áreas degradadas. Pertence a familia das Mimosaceae e seu nome científico é Ingá marginata. Recebe outros nome: ingá-dedo, ingá-mirim e ingaí.

O Araticum-mirim

O araticum-mirim, conhecido também por araticunzinho, é uma das anonáceas comum na região de Cambuí. Seu nome científico é: Rollinia emarginata. Pertence a família das Annonaceae. É um arbusto ou árvore de pequeno porte. Seus frutos são pequenos, com pouca polpa, embora adocicada, e muitas sementes. . O que chama a atençao para esta espécie é o delicioso perfume que suas flores exalam, ao entardecer. Fruta avidamente consumida por aves.

Projeto Cerca Viva - ponderações

Existem várias relações ecológicas entre os seres vivos: o parasitismo, a predação, o comensalismo e o mutualismo. Dentre elas, vamos nos ater a última, o mutualismo, que é uma relação entre organismos de espécies diferentes, que resultam em benefícios para os organismos envolvidos.
Sendo mais específico, vamos nos preocupar com a relação entre as plantas e os animais. Nest relação, as plantas podem obter vantagens na sua reprodução (polinização), proteção (lugares mais seguros para construir ninhos e abrigos) e o transporte (dispersão de poléns e sementes). O animal pode obter alimentação (atraido pela cor, polpa nutritiva, néctar) e abrigo. A relação que estudaremos aqui é existente entre aves e algumas espécies de plantas.
O projeto Cerca Viva nada mais é que um modelo para explicar esta relação mutualista. Ela situa-se entre duas propriedades, na região urbana de Cambuí. Segundo o Sr. Jorge, seu proprietário, ela foi surgindo, a mais de 15 anos, quando manteve, ao longo de um trecho de cerca e nos pés dos mourões, sem gramíneas, mas mantendo as pequenas mudas de árvores que ali nasciam. Entre as árvores e arbusti que ali cresceram e formaram a cerca viva, estão: o pau-cambui, a maria-preta ou fruta de porco, a aroeira preta e branca, a candeinha, a gabirova, a boleira. o inhapuça. o íngá-feijão, o gravatá, o araticum-mirim, etc.
O que já foram sementes dispersas, tanto por fezes quanto por regurgitados, por aves e outros agentes, hoje são fornecedoras de alimento para esta avifauna, que ali vivem, e elimina em parte, a manutenção constante de renovações de mourões e de arames farpados.

Projeto Cerca Viva

Material e métodos
Este estudo é desenvolvido em uma área de mata nativa e uma cerca contínua a ela, no Bairro do Varjão. É uma mata secundária, alagada, já muito utilizada para pastoreio e com forte interferência humana, como derrubada de sub bosque e até mesmo algumas pequenas queimadas e a retificações de seus cursos dágua. A forte presença da árvore conhecida por pau-cambui, que deu o nome a nossa cidade, e de inúmeras outras, que, mesmo não estando em perigo de extinção, podem contribuir para o aumento do fornecimento de alimentos para a avifauna que dela se alimentam.
Este estudo requer um período de no mínimo um ano, com visitas periódicas ao local, para que se conheça sua época de floração e quais são seus agentes, tanto de polinização e de dispersão de sementes.
Amostras de folhas, flores e frutos serão recolhidos, arborizados e mantido um pequeno acervo para futuras comparações de estudo. Uma parte das sementes, com todas as informações biológicas possíveis, serão entregues a alunos, para que possam reproduzi-las em suas casas e no ano seguinte , serão plantadas em áreas pré determinadas.

Projeto Cerca Viva

objetivo
Conhecer as árvores e arbustos que cresceram ao longo de uma cerca, no Bairro do Varjão, em Cambui, Sul de Minas Gerais. Acompanhar ao longo de no mínimo, um (1) ano, para conhecer o período de floração, seus agentes polinizadores, época de frutificação e os dispersores de sementes. São árvores comuns em nossa região, que ali desenvolveram por dispersão de sementes, principalmente, por aves que ali vivem. Resgatar informações sobre as espécies identificadas, fotograr o seu ciclo completo, recolher sementes e produzir mudas para futuras cercas vivas na região. Introduzir novas espécies de frutas nativas, da Mata Atlântica, que ali já não mais existem, para aumentar o estoque alimentar para a avifauna.